Quem Somos

Empresa de assistência de enfermagem, home care, acompanhamentos a idosos, ortopedia, pediatria, feridas e curativos em geral. A Vita Home Care possui o compromisso de lhes proporcionar uma alternativa viável de tratamento, e que você possa contar com eficiência, qualidade, conforto, amor e carinho e com profissionais qualificados como: Médicos, Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, Psicólogos, Fisioterapeutas e Nutricionistas, além de toda infra-estrutura hospitalar, materiais e medicamentos. O atendimento domiciliar é programado, realizado e supervisionado de acordo com a necessidade individual de cada cliente. O cliente é atendido com eficiência e humanização, recebendo cuidados especializados de profissionais treinados e capacitados

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

DIETA DO MEDITERRÂNEO

DIETA DO MEDITERRÂNEO
DIETA DO MEDITERRÂNEO
A prestigiosa revista médica New England Journal of Medicine divulgou, em 26 de junho de 2003, os resultados do último grande estudo, realizado na Grécia e utilizando 22.000 pessoas , associando a "dieta do mediterrâneo + atividade física" à melhor saúde e maior expectativa de vida.
Em outro estudo, publicado em 23 julho de 2003 pela Revista da Associação Americana de Medicina (JAMA), foi demonstrado que adicionar a uma dieta de baixa gordura ingredientes que ativamente combatem o colesterol ruim (LDL) tem o mesmo efeito em reduzir o colesterol e os triglicerídios que a droga mais moderna utilizada em clínica atualmente.
O QUE É?
Dieta do Mediterrâneo, ou Dieta Mediterrânea, é um tipo de alimentação característica de alguns países da região do mar Mediterrâneo (Itália, Grécia, Portugal, Espanha, França e outros). Este padrão alimentar é composto, basicamente, de vegetais, legumes, tomate, alho, frutas (maçã) e, principalmente, óleo de oliva, canola, cereais pouco moídos, nozes (pecan) e sementes, queijo branco e iogurte, além de vinho.
Vários estudos têm confirmado esta observação. A conclusão é de que quanto mais a pessoa pratica a dieta mediterrânea tradicional, menor a chance de morrer por qualquer causa, incluindo câncer (risco menor de 24%) e doenças cardíacas (risco menor de 33%).
Deve ser salientado que essas populações, originalmente, mantinham naturalmente atividade física regular o que, comprovadamente, por si só, contribui para a melhoria da saúde e da expectativa de vida.
O-ESTADO-DE-SAO-PAULO-Dieta-do-Mediterraneo-24-08-2010 
Jornal O ESTADO DE SÃO PAULO - 24/08/2010 - Dieta do Mediterrâneo 

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O intestino Delgado é composto pela sua porção inicial que denomina-se duodeno, seguido pelo jejuno e o íleo que terminarão no Intestino Grosso e que por sua vez subdivide-se em cólon ascendente, cólon transverso , cólon descendente e reto. 
É no Intestino que ocorrem a absorção dos alimentos e a formação das fezes que serão eliminadas pelo ânus.
O que é um OSTOMA ou ESTOMA ?
A palavra estoma tem origem grega , “stóma”, e exprime a idéia de boca. É a abertura cirúrgica que permite a comunicação entre um órgão interno e meio exterior.
O que é uma COLOSTOMIA ?
A colostomia é uma criação cirúrgica de uma abertura artificial ( estoma ) no cólon que é uma parte do intestino grosso, podendo ser temporária ou permanente, fazendo com que uma parte do intestino fique exposta no abdome. Esta abertura será o local por onde sairão as fezes, que por sua vez serão armazenadas em uma bolsa coletora.
Dependendo da localização da colostomia, ela pode ser classificada em:

    
Colostomia Ascendente – As fezes são líquidas;
Colostomia Transversa – As fezes são semi-líquidas;
Colostomia Descendente – As fezes são formadas;
Colostomia Sigmóide – As fezes são firmes e sólidas.

O que ocorre no intestino para que seja necessário a realização de uma OSTOMIA ?
Existem vários fatores que podem levar as pessoas à serem submetidas a uma cirurgia para a construção de uma ostomia. Seguem alguns destes fatores: Câncer de cólon e reto, retocolite ulcerativa, doença de Crohn, doença de Chagas e perfurações causadas por armas de fogo ou objetos pérfuro-cortantes entre outros.
O que é uma ILEOSTOMIA ?
A ileostomia é uma criação cirúrgica de uma abertura artificial (estoma),mais especificamente no íleo (Intestino Delgado), podendo ser temporária ou permanente. Essa abertura será o local por onde sairão as fezes que serão armazenadas em uma bolsa coletora. Na ileostomia, as fezes são mais líquidas uma vez que a absorção da água ocorre no Intestino Grosso.
Como se caracteriza a aparência do ESTOMA ?
O estoma caracteriza-se por uma coloração vermelho vivo, sendo elástico ao toque. Por tratar-se de uma mucosa, é sensível e pode sangrar se esfregado. No momento da higiene, deve-se utilizar panos macios, tipo fralda de bebê.

Como deve ser sua alimentação ?
Não existe uma dieta especifica para pessoas ostomizadas, apenas algumas considerações especiais. Logo após a cirurgia recomenda-se a ingestão de alimentos com pouca gordura e resíduos, como por exemplo:

  • Carne bovina sem gordura;
  • Aves sem pele e peixes;
  • Leite e queijo com pouca gordura;
  • Sopa de arroz, massas ou legumes;
  • Arroz, batata cozida ou assada sem casca;
  • Legumes;
  • Frutas e sucos de frutas;
  • Pão e cereais, torradas e biscoitos de água e sal;
  • Gelatinas, sorvetes de frutas;
  • Chás ou café sem cafeína.
Mastigue bem os alimentos para evitar a obstrução ou bloqueio da sua ostomia. É muito importante o aumento da ingestão de líquidos ( 6 a 8 copos por dia).
Porém certos alimentos apresentam implicações para as pessoas com ostomias e devem ser evitados para prevenir obstruções, gases ou mau cheiro, irritação no cólon ou mudança de cor nas fezes, como:
• Alimentos que podem obstruir a passagem de fezes
- aipo
- pratos chineses
- grãos (feijão de todos os tipos)
- nozes e castanhas
- legumes crus
- frutas secas
- milho
- pipoca
- tirar o coco
• Produzem mau cheiro
- peixe
- cebola
- queijos fortes
- ovos
- alho
- aspargos
- repolho
- creme de amendoim
• Produzem gases
- repolho
- cerveja
- ervilha
- milho
- couve-flor
- grãos (feijão)
- cebola
- leite integral
- espinafre
- chicletes
• Produzem irritações
- legumes crus
- leite
- frutas secas
- cerveja
- cereais integrais
- ameixas
• Provocam alterações na cor das fezes
- morangos
- beterraba
- gelatina de morango
- suplementos de ferro
- corantes vermelhos para decoração
• Provocam diarréia
- vagem
- alimentos apimentados
- frutas secas
- cerveja
- brócolis
- espinafre


Como cuidar da pele em volta da OSTOMIA ?
- Trocar a placa, no máximo, a cada 6 dias ou quando necessário.
-  Alguns problemas que podem acontecer com o OSTOMA
-  Onde conseguir as bolsas coletoras ?
-  Trocar a placa, no máximo, a cada 6 dias ou quando necessário.
Limpar diariamente o ostoma com água e sabão, preferencialmente, neutro com gaze ou um pano bem macio (pode ser fralda de bebê) para evitar sangramentos.
Secar muito bem a pele depois da limpeza do ostoma e do banho, com um pano macio. Isso evita que a pele fique vermelha e sensível.
Não usar óleo de cozinha ou outras substâncias oleosas para retirar a placa, isso pode dificultar a aderência da nova placa. Use água e sabão e descole com cuidado para não machucar a pele.
Evitar que a bolsa coletora fique em contato direto com a pele, sempre colocando um pano de algodão entre a bolsa e pele evitando umidade, dificultando o aparecimento de alergias.
Se houver vermelhidão ou coceira na pele, procurar o serviço de saúde.
-  Alguns problemas que podem acontecer com o OSTOMA
Sangramento : pode acontecer na limpeza da pele e ostoma, mas isto não é motivo de preocupação. Deve-se entretanto verificar se isto ocorre com muita freqüência.
Retração : é a entrada do ostoma para dentro do abdome. Nesse caso a placa tem uma durabilidade menor do que o normal, devido a infiltração das fezes ou da urina por baixo da placa. A pessoa deve entrar em contato com o seu médico.
Hérnia periostomal : é a saída total ou parcial de um órgão através da parede abdomial, isso ocorre devido a diminuição do tônus muscular que acontece na obesidade, envelhecimento e vida sedentária. A pessoa deve entrar em contato com o seu médico.
Prolapso: é a saída de um pedaço do intestino para fora do abdome pelo ostoma, pode ser um pedaço pequeno como pode ser todo o intestino. É muito importante que quando acontecer isso a pessoa deve ficar tranqüila, tentar relaxar deitando na cama e fazendo compressa com água fria ( não usar água gelada) até que o ostoma volte ao normal. Se caso não melhorar entrar em contato com o seu médico.



ASPECTOS SOCIAIS, PSICOLÓGICOS E SEXUAIS DE UMA OSTOMIA

 ASPECTOS SOCIAIS E PSICOLÓGICOS

            A pessoa portadora de uma ostomia, após a cirurgia, pode e deve tentar viver uma vida normal. Deve voltar às suas atividades diárias progressivamente, evitando carregar pesos nos 3 primeiros meses, bem como mover móveis e fazer exercícios abdominais intensos (CARROCEDA, 2005). Geralmente, após a cirurgia, há um período de adaptação à mudança corporal, até que o cuidador ou o próprio portador de ostomia faça o cuidado ao ostoma. Além disso, nesta fase, a pessoa ostomizada tem de encarar o fato de que não eliminará seus dejetos pelas vias naturais e que não terá mais o controle sobre suas eliminações (CAVALHEIRA, 1999).
         Cada pessoa reage diferentemente ao fato de “ser ostomizado”. Muitos deles têm a auto-estima afetada, o que os prejudica nos relacionamentos interpessoais, levando-os, muitas vezes, ao isolamento e depressão. É muito importante uma atitude positiva do próprio paciente, pois assim, conseguirá mais motivação para estudar, trabalhar, enfim, fazer as coisas que gosta e alcançar seus objetivos pessoais.
         Para tanto, o ostomizado deve entender que, a partir da cirurgia, não se tornou um “estoma ambulante”, mas continua sendo um ser humano integral, capaz de pensar, trabalhar, fazer esportes, relacionar-se com outros e portador de todas as necessidades bio, psico, social e espiritual a serem supridas. É assim que ele deve enxergar-se e também que deve ser visto por toda a sociedade.
ASPECTOS SEXUAIS
         O ostomizado, muitas vezes, também encontra dificuldades com a sexualidade. Um dos fatores que cooperam com isso é a própria cirurgia, que pode lesionar nervos que se dirigem para a pelve, provocando ejaculação retrógrada (entrada de sêmen na bexiga em lugar de sair pela uretra durante ejaculação), impotência e diminuição da libido (SERRA, 2003). Outros fatores que podem afetar o desempenho sexual são os aspectos emocionais, como a preocupação com a aceitação do parceiro e em satisfazê-lo, bem como a baixa auto-estima.
         Frente a isso, a equipe de saúde tem um importante papel de discutir com os portadores de ostomia e seus parceiros, seus problemas e indagações, a fim de que estes alcancem melhores formas de exercerem sua sexualidade.




REFERÊNCIAS 
  • CARROCEDA, M. N. M. R. Revista Gallega de Actualidade Sanitaria. 4(1): 37-39; maio 2005.
  • SERRA, M. C. B. Revista da ABRASO  5 (7): 22-24; 1º semestre 2003.
  • CAVALHEIRA, C. Ainda posso levar uma vida normal? 2 ed. Rio de Janeiro: News eventos e promoções, 1999.
  • BRUNNER/SUDDARTH. Tratado de Enfermagem médico-cirúrgica. 7ed. V2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994.
  • SANTOS, V.L.C.G. Assistência em estomaterapia: cuidando do ostomizado. São Paulo: Atheneu, 2000.
  • Disponível em: http://ostomias.galeon.com/urostomi.htm. Acesso em 21/01/2011.



sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

SÍNDROME DA APNÉIA OBSTRUTIVA DO SONO (S.A.O.S.)

O QUE É SAOS?
É uma doença (síndrome) crônica, evolutiva, com alta taxa de morbidade e mortalidade, apresentando um conjunto sintomático múltiplo que vai desde o ronco até a sonolência excessiva diurna, com repercussões gerais hemodinâmicas, neurológicas e comportamentais.
É uma situação complexa que muitas vezes requer uma inter-relação de várias áreas médicas, tanto no diagnóstico quanto no tratamento.
COMO OCORRE?
O fator determinante da SAOS está localizado nas vias aéreas superiores (VAS), especialmente na faringe. O colapso de suas paredes durante o sono pode restringir, em parte, o fluxo aéreo, produzindo vibrações de baixa frequência, constituindo o ronco. O ronco não pode mais ser avaliado simplesmente pelo seu aspecto social e deve ser considerado um problema médico, pois pode preceder a SAOS em mais de 90% dos casos.
A QUEM PROCURAR?
O otorrinolaringologista deve estar apto a avaliar cada caso, orientando o paciente em seu tratamento a seguir, seja ele clínico e/ou cirúrgico.
QUANDO A CIRURGIA ESTÁ INDICADA?
A cirurgia está indicada quando são diagnosticadas obstruções das vias aéreas superiores, obstruções faríngeas e/ou laríngeas.
QUAIS SÃO AS CIRURGIAS UTILIZADAS?
As cirurgias utilizadas dependem do grau de obstrução e também dos locais de obstrução estudados e diagnosticados; dependendo também da idade e da constituição física de cada paciente, podendo ser desde cirurgias das adenóides, amígdalas, cornetos, desvios de septo, correções do palato mole incluindo úvula (campainha), língua, maxilares e mandíbula.
Algumas vezes os tratamentos são combinados com cirurgias e tratamento clínico com medicamentos.
RECOMENDAÇÕES PARA PACIENTES COM SAOS 
 
perder peso
evitar álcool no mínimo quatro horas antes de dormir
evitar medicamentos sedativos do tipo hipnóticos, anti-alérgicos, anti-histamínicos, preferencialmente antes de dormir
evitar dormir de costas (barriga para cima)
evitar refeições pesadas antes de dormir
evitar bebidas cafeinadas no mínimo quatro horas antes de dormir (chá, café, chocolate)
evitar fumar no mínimo quatro horas antes de dormir
evitar comer no meio da noite
evitar privação de sono
procurar manter um horário relativamente constante para dormir e acordar
levantar a cabeceira da cama cerca de 15 a 20 centímetros
eventualmente, dormir sentado em uma poltrona
controlar infecções, inflamações, principalmente das vias aéreas
procurar seu médico otorrinolaringologista.
PERGUNTAS QUE VOCÊ PODE FAZER AO SEU MÉDICO
Existe perigo de vida para o paciente que apresenta apnéia e não trata?
Que doenças podem ser desencadeadas pela apnéia do sono?
Perdendo peso, poderia ficar livre da apnéia do sono?
Sonolência diurna é sinal de apnéia do sono?
Como posso saber se sou portador de apnéia do sono? 

domingo, 21 de novembro de 2010

Cuide-se

Para a garantia de uma alimentação saudável e segura é importante que se tenha alguns cuidados para a compra, preparo e a conservação dos alimentos. Por isso, apresentamos, a partir dessa semana, uma série de dicas sobre o assunto, que vai lhe ajudar na hora de realizar a compra dos alimentos.

O início de tudo: a escolha dos alimentos

O valor nutritivo dos alimentos depende de fatores como a época de safra, textura, cor, cheiro e até mesmo o sabor. Esses itens devem ser observados na hora da escolha e da compra dos produtos, para evitar qualquer problema e garantir a compra de um alimento saudável e fresco, além de uma maior economia no orçamento.
Por isso, procure saber sobre a safra de alguns alimentos, para lhe auxiliar na escolha certa em cada época:

Tabela das safras de alguns alimentos, de acordo com o mês:

Janeiro Julho
Frutas: pêssego, ameixa nacional, ameixa importada, abacaxi haway.
Pescado de água salgada: maria mole.
Hortaliças: mostarda, nabo, alcachofra,

Frutas: maracujá azedo, moranga e abacaxi pérola.
Produtos diversos: louro.
Pescado de água salgada: maria mole.
FevereiroAgosto
Frutas: fruta do conde, ameixa importada, abacaxi haway.
Hortaliças: moyashi.
Produtos diversos: louro.
Pescado de água salgada: maria mole, atum e caçonete.
Hortaliças: alcachofra.
Frutas: morango, abacaxi pérola.
Produtos diversos: louro.
Pescado de água salgada: maria mole.
MarçoSetembro
Frutas: abacaxi haway.
Produtos diversos: louro.
Pescado de água salgada: maria mole e camarão médio.
Hortaliças: salsão, alcachofra e nabo.
Frutas: morango, manga, melancia e abacaxi pérola.
Produtos diversos: louro.
Abril Outubro
Frutas: laranja-pêra.
Produtos diversos: louro.
Hortaliças: chuchu e salsão.
Frutas: morango e abacaxi pérola.
Produtos diversos: louro e coentro.
Maio Novembro
Hortaliças: pepino e nabo.
Frutas: pinhão.
Produtos diversos: louro e coentro.
Pescado de água salgada: maria mole e atum.
Hortaliças: nabo, milho verde, salsão.
Frutas: morango, pêssego, abacaxi pérola.
Produtos diversos: louro, coentro.
Junho Dezembro
Hortaliças: alcachofra.
Frutas: abacaxi pérola e pinhão.
Produtos diversos: nabo, louro, e coentro.
Pescado de água salgada: maria mole

sábado, 20 de novembro de 2010

Gastrostomia e Cuidados

Gastrostomia é uma abertura feita cirurgicamente no estômago para o meio externo, com finalidade de facilitar a alimentação enteral para o cliente e administração de liquidos, quando a mesma está impossibilitada por via oral. Indicado quando esta via alternativa necessita ser mantida por mais de um mês.
A Enfermagem depara-se com este desafio e no cuidar ao individuo portador de gastrostomia, seja em ambiente hospitalar seja em domicilio. Falando em cuidados domiciliares que é o que eu trabalho aqui na minha cidade, percebo a importancia da equipe de enfermagem saber a finalidade da gastrostomia, mas também analisar os pontos fundamentais da assistência domiciliar que é a familia, o cliente e o cuidador (seja ele da enfermagem ou da familia).
Segundo Tamussino (2008) são descritas duas maneiras para realizar-se a nutrição do paciente: uma delas é o de alimento diluído onde o cliente receberá rapidamente uma grande quantidade de alimento, com a duração de aproximadamente de trinta minutos. A outra, será através de gravidade contínua, onde o cliente receberá quantidades menores que serão administradas por meio de um fluxo constante, em média de oito a vinte e quatro horas.
No entanto, fique atento à possíveis complicações:
  • Peritonite (inflamação do peritônio);
  • Hemorragia;
  • Aspiração;
  • Infecção da Ostomia;
  • Fístula Gastrocólica.

Cuidados com Sonda da Gastrostomia, que servem também para Jejunostomia (que será postado em breve):
A sonda é presa à parede do abdômen, mas é útil fixá-la com fita adesiva hipoalergênica ou esparadrapo para evitar trações e deslocamentos acidentais. Seguir as orientações do enfermeiro quanto ao curativo. Em caso de deslocamento, vazamento ao redor da sonda, dor no momento da administração da dieta, interromper a infusão e procurar o seu médico ou equipe que o acompanha.

Os cuidados para evitar a obstrução são os mesmos que para a sonda nasoenteral:  Por ser muito fina, a sonda pode entupir-se facilmente, impossibilitando a administração da dieta enteral. Para evitar este problema:
- injetar, com uma seringa, 40 ml de água filtrada, fervida e fria na sonda, antes e após a administração da dieta ou de medicamento;
- observar os cuidados com a administração de medicamentos: Se o médico prescreveu medicamentos a serem administrados pela sonda, proceder da seguinte maneira:
• medicamentos líquidos: aspirar o volume prescrito com a seringa e injetar pela sonda;
• comprimidos e drágeas: amassar e dissolver em água, misturando bem; aspirar com a seringa e injetar pela sonda.
Administrar os medicamentos um a um. Injetar água após cada medicação, para evitar que se misturem na sonda, podendo entupir a mesma. Existem medicamentos que não devem ser administrados pela sonda; verificar com médico responsável pela prescrição.
- em caso de obstrução, injetar lentamente 20 ml de água filtrada, fervida e morna ou refrigerante tipo cola. Atenção: a sonda pode se romper caso a pressão para injetar a água for muito forte .

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ÚLCERAS DE PRESSÃO
São lesões ulceradas da pele podendo atingir tecidos profundos, com tendência a necrose e gangrena. São causadas por pressão continuada sobre a região, principalmente sobre proeminências ósseas, com prejuízo à circulação e irrigação dos tecidos. Ocorre em pacientes acamados ou sentados por longas horas na mesma posição, sem possibilidade de moverem-se. Também chamadas de úlceras de decúbito ou de escaras

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cuidados com o paciente acamado


Para minimizar o desconforto e a vergonha que as pessoas acamadas muitas vezes sentem, existem cuidados básicos a seguir, principalmente no que toca aos posicionamentos, à alimentação, à higiene e à saúde, para que o doente possa sentir-se sempre confortável e seguro.
  1. Para quem passa longos períodos de tempo numa cama, convém que esta esteja sempre limpa e cómoda. Utilize lençóis 100% algodão – evita a transpiração do doente e podem ser lavados a altas temperaturas, o que é importante se a pessoa tiver uma doença infecciosa ou se sofre de incontinência. No Verão, coloque uma manta de algodão leve e, no Inverno, um cobertor de lã mais pesado.
  1. Se necessário, mude diariamente os lençóis da cama. Se não, mantenha-os sempre bem esticados e livres de migalhas ou outros vestígios de comida. Os lençóis enrugados são desconfortáveis, podem restringir a circulação e contribuir para a formação de feridas.
  1. O utente deve sair da cama para que esta possa ser mudada, permitindo-lhe também realizar algum exercício e distrair-se. Caso não seja possível, mudar os lençóis requererá alguma destreza:
    • Retire a almofada e o lençol de cima;
    • Com uma mão no braço ou ombro e outra na perna dobrada, rode o doente para o bordo da cama, puxando-o na sua direcção;
    • Certifique-se que o doente está seguro e numa posição fixa;
    • Retire o lençol de baixo e liberte-o até às costas do doente;
    • De seguida, coloque o lençol limpo, aproximando-o das costas do doente;
    • Agora, desloque o doente para o outro lado da cama, utilizando a mesma técnica;
    • Retire o lençol sujo e estique o lençol de baixo completamente;
    • Mude a fronha da almofada;
    • Posicione o doente novamente e certifique-se que está confortável;
    • Termine com o lençol de cima e a manta ou cobertor.

  1. Para o doente poder comer, ver televisão, ler ou receber visitas, será necessário sentá-lo na cama, o que pode ser feito por uma ou duas pessoas. Se o fizer sozinho, peça ao doente para dobrar as pernas, agarrando-o com um braço por baixo destas e outro por baixo das axilas. No momento da mudança de posição, e para facilitar a mesma, o doente deve enterrar os pés e fazer a máxima força possível com as pernas. Se tiver ajuda, devem posicionar-se um de cada lado do doente; colocando cada um o braço debaixo dos glúteos do acamado e dando as mãos. De seguida coloquem o outro braço por de trás das suas costas, até ao ombro oposto. Peça ao doente para dobrar as pernas, levantar a cabeça e colocar os seus braços por cima dos vossos ombros. Por fim, e tal como um “baloiço”, erga a pessoa pelas costas e empurre os glúteos para baixo.
  1. Ajudar um doente a levantar-se e a deslocar-se para uma poltrona é outra prática comum que requer força e firmeza:
    • Comece por sentar a pessoa no bordo da cama, colocando um braço por baixo dos ombros e outro por baixo dos seus joelhos, que devem estar ligeiramente flectidos;
    • O doente deve colocar os braços em volta do seu pescoço ou ombros e a rotação é feita com a ajuda dos glúteos;
    • Já sentado, coloque uma toalha ou um pano grande em volta da cintura do acamado e agarre-o pelas extremidades;
    • De seguida, deve apertar, com os seus pés, os joelhos e os pés do doente, de forma a bloqueá-los;
    • Agora, com a ajuda do pano, que deve ser puxado firmemente pelas pontas, pode levantá-lo, apertando-o contra si;
    • Segue-se a deslocação para a poltrona, que deve ser feita com passos muito pequenos, sempre com recurso ao pano e com o doente encostado a si;
    • Para sentar a pessoa na poltrona, basta inverter o movimento anterior: de braços esticados e joelhos flectidos, ambos devem-se afastar e abaixar simetricamente, até o doente se conseguir sentar;
    • Verifique se o doente está confortável, apoiando-o com almofadas se necessário.
    • Para voltar a deitar a pessoa, inverta o processo.

  1. Mudar frequentemente o acamado de posição é necessário para evitar, entre outras complicações, as feridas. Posicione o doente próximo de si, cruzando os seus braços por cima do peito e a perna mais próxima por cima da outra; se vai virar o doente para o outro lado, mantenha-se do mesmo lado da cama; se o quiser virar na sua direcção, vá para o lado oposto; coloque uma mão no seu ombro e outra na anca, fazendo-o rolar na sua direcção ou afastando-o de si; verifique se está bem posicionado e acomode-o com almofadas.
  1. Dar banho a um acamado é muito importante: para além dos cuidados higiénicos essenciais, proporciona uma sensação de bem-estar e de relaxamento. A si, permite-lhe avaliar o estado da pele da pessoa, aplicar um creme hidratante e ministrar pequenas massagens que activam a circulação.
    • Para começar, puxe os lençóis para trás, ajude o doente a despir-se e coloque-o junto de si, num dos lados da cama;
    • Utilize uma toalha para o tapar e outra para o secar;
    • Peça ao doente para testar a água e inicie o banho com recurso a uma luva própria: comece pela cara, mas não utilize sabonete nesta zona;
    • Passe para a zona do peito, lave, passe por água e seque;
    • Estenda os seus braços (um de cada vez) e coloque uma toalha debaixo do mesmo para o elevar. Enquanto repete todo o processo, deixe-o imergir as mãos no recipiente para lavar as unhas;
    • Tape o peito com a toalha e repita o processo na zona abdominal;
    • Se houver necessidade, pode trocar a água do recipiente;
    • Utilizando a mesma técnica com a toalha, lave e seque as pernas, imergindo também os pés no recipiente;
    • Troque novamente a água;
    • Posicione o acamado de lado e cubra o restante corpo enquanto lava as costas, nádegas e ancas;
    • Por fim, vista o acamado.

  1. Os mesmos cuidados devem ser seguidos no que toca à higiene oral, a lavar o cabelo, a fazer a barba e ao tratamento das unhas (mãos e pés).
  1. As feridas são comuns nos acamados, por isso, quando surgem, é necessário tratá-las imediatamente para prevenir infecções. As feridas devem ser bem limpas com água e sabão ou uma solução anti-séptica, seguida da aplicação de uma pomada antibiótica e depois tapadas com gaze esterilizada. Se, após uma semana, a ferida não estiver cicatrizada, se a zona adjacente estiver sensível, vermelha ou inchada ou se a pessoa se queixar de dores, consulte o seu médico.
  1. Organizar e administrar correctamente os medicamentos da pessoa acamada é crucial. Para que não haja enganos em termos de dosagem e horários de toma, mantenha uma lista actualizada e utilize as caixas de distribuição de comprimidos como auxiliar.
  1. Servir as refeições a uma pessoa acamada também exige cuidados próprios: posicione-a de forma adequada, ajude-a a lavar as mãos e estenda uma toalha no seu peito; opte por utilizar uma colher, que é mais segura, e uma pequena palhinha no copo, para que possa beber mais facilmente; alterne os alimentos sólidos com os líquidos e mantenha a sua boca sempre limpa. No final, lave-lhe as mãos, a cara e os dentes.
  1. Para os momentos normalmente relacionados com as idas à casa de banho, pode assistir o acamado com o auxílio de uma arrastadeira.
    • Coloque umas luvas e aqueça a arrastadeira;
    • Ajude a pessoa a posicionar-se correctamente – com os joelhos flectidos e os pés pousados na cama, eleve as ancas e coloque a arrastadeira, ajudando a pessoa a sentar-se;
    • Se não for possível, vire a pessoa de lado, coloque a arrastadeira na posição correcta e volte a virar o acamado;
    • Cubra o acamado, coloque o papel higiénico à sua beira e, se possível, ausente-se, dando à pessoa alguma privacidade;
    • Se for necessário, ajude o acamado a limpar e a lavar-se;
    • Lave e desinfecte a arrastadeira;
    • Deite fora as luvas que utilizou.

  1. Para limitar a propagação de bactérias e de infecções, deve lavar as mãos antes e depois de lidar com pessoas acamadas.
  1. Enquanto estiver a cuidar, a alimentar, a dar banho ou a mudar o acamado de posição, é importante falar continuamente com ele, explicando o que está a fazer e o porquê. Desta forma, consegue tranquilizá-lo e obter a sua colaboração, o que acaba por facilitar todos os movimentos. Nunca apresse um doente acamado, respeite o seu próprio ritmo. Tente motivar a pessoa para fazer o máximo que pode sozinha